sexta-feira, 6 de setembro de 2019

Conversando sobre Espiritualidade - Espiritualidade ou fuga?


Texto publicado em 10\02\2016

Vamos começar através de vários textos, áudios e vídeos, uma série sobre Espiritualidade, vendo diversos aspectos da mesma para que tenhamos um entendimento que realmente nos satisfaça. Em minha opinião, eu acho que já chega de “conhecimento conta gotas”. Não que um texto de autoconhecimento e motivação pessoal não tenha sua importância e benefício, tem sim. Toda mensagem de positividade é importante e contribui com nosso crescimento e felicidade.

Agora, o que ando vendo por aí, aos montes infelizmente, é um determinado grupo de pessoas que se dizem integrantes da nova e moderna espiritualidade (não generalizando), vivendo na total superficialidade do aprendizado, escorregando na mesmice, numa linha horizontal de assuntos e temas. E isso nada mais é do que zona de conforto, comodismo. Porque, obviamente, o conhecimento vai exigir, à medida que chega, evolução, por parte do ser que o recebe.

A quem muito é dado, muito será cobrado, bem disse Jesus. Entretanto, o conhecimento é o único caminho para termos os resultados almejados em todos os âmbitos. Claro, discurso está cheio por aí né? De Nova Terra, de ascensão planetária, enfim, a expectativa em relação a isso é muito forte, porém, o empenho nessa direção é pequeno, se comparado à expectativa. Novamente nos deparamos com um comportamento do ser humano, bem antigo, de querer os resultados sem ação efetiva por eles, sem o empenho necessário.

E isso começa no aprendizado. Basta a gente pôr um tema, digamos que, polêmico, para as mentes travarem e o ego inflado, no poder, rejeitar o novo. Porque o novo desafia nossas crenças, nossa visão distorcida das coisas, nos faz obrigatoriamente olhar para tudo aquilo em que acreditamos e rever uma série de valores e isso, dá trabalho. E o ser humano foge disso, pelo menos aquele que não quer evoluir.

E evoluir não é ser melhor para o outro, como muitas religiões pregam. Ser bom ao nosso próximo é nossa responsabilidade como centelha, não há nenhum grande feito nisso. Evolução é transcender os limites das crenças humanas, dos paradigmas desta Terra e abraçar os preceitos e leis do espírito, deixando o Eu Superior no comando e rendendo o ego a ele. Pronto, esta seria uma boa definição do que realmente é ascender, evoluir intelectual e espiritualmente a um nível realmente grande, que promova uma mudança ainda maior.

E para entrar no assunto eu preciso levantar algumas coisas importantes e uma delas é o tema desse texto, "espiritualidade ou fuga?". O que temos aí? Qual dos dois você acha que impera? De um lado um público, que se alimenta de mensagens que seguem o plano horizontal (mesmice) de conhecimento. Do outro, temos professores que oferecem isso, até porque vivem nisso em suas próprias vidas. Entra ano, sai ano e o assunto não muda. Porque nem eles entenderam ainda, então, como vão mudar de assunto e avançar?

A própria lei da atração ainda não foi devidamente aceita pela espiritualidade moderna. Claro que não! Abaixo, alguns pontos que considero como resistentes à crença de que criamos individual e coletivamente a nossa realidade, bem como, à verdadeira Espiritualidade e seus preceitos libertadores:

Acreditar que somos meras vítimas de um governo corrupto - Ok, ele existe, está aí pra quem quiser ver. Nosso governo tem cometido falhas terríveis, mas quem o compõe? Seres humanos, normais, brasileiros que encontramos aos montes quando vamos às ruas, todos os dias. A índole é o problema. A corrupção vem da ausência da espiritualidade, é o ego inflado no poder. O mesmo tipo de ser humano que governa o Brasil é o que compõe a sociedade como um todo. Salvo um grupo de pessoas maduras e diferentes, realmente decentes e educadas, que promovem constantemente a mudança, a grande maioria ainda se comporta consigo e com o outro de uma maneira corrupta. 
     
E enquanto um grande número se senta sobre a vítima com a desculpa de que somos injustiçados por um governo, pouco se faz a nível de mudança pessoal, individual e coletiva, para mudar o padrão vibratório que atrai os problemas que vivemos nesta nação. Enquanto isso continuamos imersos em ilusões, esperando que o PT saia e entre outro partido, justo, bom, decente, que vá guiar o Brasil rumo ao progresso. 

Acreditar na fada madrinha, no Papai Noel e em outros contos folclóricos me parece mais lúcido. Aí se revoltam e dizem: Mas, devemos ter esperança de um país melhor! Ah é? Ok, mas esperança baseada em quê? Em quais atitudes internas e externas? Esperança sem fundamentos em princípios lógicos e inteligentes não passa de ilusão. Só que gostamos de ilusão porque elas alimentam nossa zona de conforto e nos fazem acreditar em mentiras, que são boas quando não queremos crescer e assumir que criamos o mundo onde estamos agora. 
     
E quando vem a decepção, lamentamos, choramos, pedimos misericórdia a Deus, quando este nos oferece, dia após dia, o poder pra mudar isso. Mas queremos? Não, ainda não. Pelo menos a grande maioria ainda rejeita. E tem muitos “espiritualistas” espalhando o conceito da vítima do governo, ou seja, enganados passando adiante o engano.
     
Interferência extraterrestre - Esse eu já falei muitas vezes. Mas creio que pouca gente entendeu como que isso é sério. Acreditar que precisamos de uma intervenção de fora, daquelas do tipo onde naves descem e tomam o poder do governo e estabelecem a paz é um engano dos mais terríveis que os falsos profetas andam espalhando por aí. Porque se eu seu crio, posso desfazer o que crio. Se eu atraio, posso mudar a realidade que vem pra mim. Se eu sou Deus, então, qual a lógica de precisar que alguém de outro mundo ou dimensão venha me salvar? Me salvar de quê? De mim? Ué, não sou eu que crio a realidade em que vivo? Não é o povo que cria o mundo como é? 
     
Então, se tem algo errado, não é outra coisa senão a nossa forma de criar a realidade. E esse direito é baseado numa lei chamada livre arbítrio. E é nisso que queremos que os extraterrestres interfiram? Aham, entendi. Outro ponto importante é que o que nós criamos nos lapida porque nos submete a “n” aprendizados e experiências. Sem eles não crescemos. Então, concluindo, não tem como interferirem diretamente. Tem como nos darem recursos. E estão dando. Pega quem quer e muda quem realmente deseja mudar.

Dizem muito sobre o amor, mas pregam a dominação e intolerância _ Baseado na teoria ilusória da intervenção extraterrestre (do modo como ensinam aí), querem que os mesmos ajam com força sobre os ditos dominadores terrenos, ou seja, derrubar a espada pela espada. E invalidam os ensinos de Jesus com isso, porque aquele que fere com a espada, por ela será ferido. Querem acabar com a dominação de um governo oculto e quebrar a ilusão da matrix através da violência, da guerra. E dizem que amam! Pense! Ainda bem que nossos mestres amam de verdade e nos conferem o direito de criarmos a nossa realidade como soubermos.  
     
Eles não vão interferir nisso, nunca. O que o homem semeia, ele colherá. Se quisermos um mundo justo, então que vivamos com justiça ué! Simples demais. Usar um poder extraterrestre para tirar certos governantes do poder e estabelecer uma nova sociedade não é outra coisa senão o mesmo que os atuais vivem fazendo, impor sua vontade e preceitos pela força. Percebem o tamanho da ilusão? 

Se auto afirmarem como enviados de confederações extraterrestres _ Pois é, por aí está cheio de representante cósmico de frotas estelares, cuja missão é... Sei lá qual é a missão, porque não fazem nada de realmente significativo senão espalhar o tradicional feijão com arroz e farofinha. Jesus disse que quando quisermos ser realmente bons e fazer a vontade de Deus, devemos ter cuidado com a vaidade, pois segundo ele os hipócritas e fariseus (religiosos) adoram tocar a trombeta diante de si, a fim de serem notados pelos homens ao fazerem suas obras. 

Gente, tomem cuidado com professores aí que se auto afirmam como sendo enviados e olha que dão até o nome cósmico pra confirmar! Só está faltando o RG espacial! Daqui a pouco inventam isso também. Quando Jesus fazia um milagre, pedia encarecidamente que os abençoados não saíssem contando sobre os feitos para que não fosse gerada polêmica. E hoje? Os próprios falsos profetas se auto promovem dizendo que são isso ou aquilo, tirando de si mesmos a humanidade e colocando no lugar um personagem que os diferencia da maioria. E tudo pra quê? Para serem vistos pelos homens, para que sejam reconhecidos pelas pessoas como entes superiores. Olha a vaidade! 
   
Estes não representam a verdadeira espiritualidade, estão perdidos em sua própria dificuldade de serem quem são, como humanos. Avaliando a psicologia desse comportamento, entende-se isso como um distúrbio de personalidade, fuga da realidade. Como o indivíduo não se aceita e na verdade carrega uma série de conflitos e auto rejeição, a melhor maneira de viver "bem" é sendo outra pessoa, literalmente um "Et", aí ele entra na auto sugestão e engana a si mesmo. E pior, leva outras nessa. 

Porque se você for olhar a verdade da coisa, muitos aí são pessoas com baixa estima, dificuldade de se relacionarem consigo mesmas e com o meio, e encontram na espiritualidade, assim como na religião, um modo de fugirem de seus conflitos, passando-se por enviados cósmicos. Tudo gente com problema psicológico e dando uma de mestre. Porque se forem só quem eles são aqui e agora, não será o suficiente para a mente desequilibrada deles, então, o melhor é sustentarem e espalharem por aí a ideia de que vieram de "Krypton" (planeta natal do Superman), para se sentirem um pouco mais confortáveis e satisfeitos consigo mesmos.
   
Olha, se você sabe quem você foi ou o que veio fazer aqui, sinceramente, guarde pra si ou compartilhe com íntimos. Nada disso importa aqui fora, o que interessa é fazer o Bem e resgatar as pessoas da ignorância. Mas fica difícil tirar outros de uma condição em que você, na realidade, também está ainda. A postura (externa) desse pessoal é de seres amorosos, bonzinhos, humildes. Mas lembram do que Jesus disse sobre lobos em pele de cordeiro? Pois então. Estão aí, aos montes. 

Há na Terra um número considerável de seres enviados de dimensões superiores para realizarem obras a favor do progresso do todo, mas estes não ficam se promovendo em cima disso. E outra, ninguém se lembra exatamente de tudo o que foi e de quem foi, todos passam pelo esquecimento ao reencararem e só nos recordamos daquilo que é necessário (quando é necessário) para executarmos a missão da melhor forma. Se promova se for o caso, mas em cima de um sucesso conquistado pela excelência do seu trabalho aqui, não de alguém que você afirma que foi. A fama pode ser boa, e podemos usá-la como ferramenta de alcance, mas uma fama alicerçada na humanidade.

Não vejo esses aí como sendo diferentes do "Inri Cristo" por exemplo, um homem aí que afirma ser Jesus. Nem mesmo o Mestre dizia coisas do tipo, ele constantemente afirmava para os outros que ele e o Pai eram um. Acredito que essa deve ser a única declaração pública de um "enviado" que realmente surta um efeito positivo nas pessoas. Eu por exemplo, sei de onde vim, em nome de quem vim, o que vim fazer e quem "fui" ou "sou" (em partes), mas nunca usei e jamais usarei disso para que me notem como ser divino, anjo, mestre e etc. Pois se eu contasse isso publicamente, por ser a reencarnação de uma figura espiritual conhecida nesse mundo, a única coisa que conseguiria é atrair a idolatria e a admiração distorcida de gente mentalmente fraca e isso, não quero. Porque a intenção aqui é chegar às pessoas como sendo o que elas também são, ou seja, humano. Isso é mais honesto e divino, a meu ver. 

O paradigma de conduta religiosa - Esse é o último por enquanto. Sai-se da religião, mas ela continua dentro da pessoa. Mudam os nomes dos santos, mas a crença é a mesma. O mesmo besteirol religioso continua, só que com outros personagens. Não há mudança verdadeira nisso. Se o sujeito não entendeu ainda que ele cria sua realidade, que ele é parte de Deus e por isso está criando o mundo em que vive, então, não saiu da religião ainda. Se o homem ou mulher não consegue entender que é 'vítima' de suas próprias emissões e que o mundo sofre de um problema de consciência, logo não houve mudança ainda. 

Se você não parou com o preconceito é porque não mudou. Se julga os outros é porque não se libertou, de fato. O povo diz que virou espiritualista, mas não é livre. Existe um comportamento padrão pra quem é “espiritualista”. Não pode beber, não pode fumar, não pode comer carne, não pode gostar de carnaval ou festas “mundanas”, não pode fazer sexo sem ser num namoro ou casamento, não pode falar palavrão, enfim. Só pode meditar e falar "Namastê". Perde-se a autenticidade para seguir um determinado modelo de conduta e de onde vem isso? Da religião. 

E ser espiritualista no conceito genuíno e lúcido é ser quem você é, sem restrições. Claro que, com a expansão da consciência, o ser vai aprendendo a ser maduro em tudo o que faz e comedido também. O equilíbrio interior promove o exterior, mas isso não é imposto, é algo que o próprio espírito faz, naturalmente.

Bom, eu vou terminar aqui, até porque já ficou longo demais este texto. Mas vamos continuar debatendo muitos assuntos importantes, pois quem quer mudar de verdade precisa ter interesse em rever certas coisas, questionar e genuinamente, transformar-se segundo a medida do Bem em si mesmo e para si mesmo.

Luz e Benção!
Vinícius Francis 

Click na imagem acima e acesse nossa loja virtual.



Um comentário:

Deixe aqui sua opinião ou pergunta.

Instagram