Hoje vamos conversar sobre um assunto que faz parte
do nosso dia a dia e que infelizmente nos atrapalha seriamente em nossas
relações e até mesmo em nosso fluir na vida, que é o drama. O drama nada mais é
do que uma reação emocional exagerada diante de determinadas situações, fatos.
É o que se esconde na preocupação, na aflição, desespero, ansiedade. A velha
mania de aumentar as coisas, fazer tempestades em copo d’água e transformar
circunstâncias simples em monstros. Porque tem o drama mais leve e tem o
dramalhão, que é o extremo da coisa.
E olha, isso causa desequilíbrios sérios nas
pessoas. Tudo tem que chorar, tudo tem que fazer aquele show e imaginar
mil finais diferentes, um mais trágico do que o outro. Isso tem sua serventia,
para filmes, livros, novelas, músicas, mas na realidade da vida, o drama
prejudica você.
Até porque, conforme eu coloquei acima, temos uma
herança cultural muito dramática. Somos o país das novelas, que nada mais são
do que teledramaturgias, o “drama” vem inserido na palavra. As músicas então,
nem se fala! É uma mais trágica do que a outra, o fulano que foi traído e agora
quer morrer, pois perdeu o sentido da vida. Olha aí o drama!
No contexto
familiar somos educados em cima do drama, principalmente das mães. Homens são
menos dramáticos culturalmente, o que não quer dizer que também não tenham lá
os dramas deles, têm sim, e muitos! A religião é outra fonte de drama, porque aprendemos
uma série de crenças em cima do "drama" vivido por Jesus, no cristianismo, por
exemplo.
Ou seja, a gente está envolto em muito drama.
Crescemos dramáticos, o que faz com que nosso sofrimento seja exagerado em
determinadas circunstâncias. Não nos sentiríamos tão aborrecidos em certos
momentos se não fôssemos tão dramáticos. Não ficaríamos tão aflitos em algumas
circunstâncias que se mostram desafiadoras se não fôssemos tão dramáticos e
trágicos. Seríamos mais centrados sem tanto drama, mais assertivos, eu diria.
Esse é o ponto da coisa, porque para os dramáticos,
você ser assertivo é ser frio. Olha bem! Confundem tudo. Pra ter uma demissão
na empresa, primeiro tem que fazer a cena, elogiar o funcionário, levantar a
autoestima dele lá no teto pra depois dizer que vai despedi-lo, porque se não
for assim, é frieza e desconsideração. E isso tem consequências sérias na prosperidade,
por exemplo. No drama há uma tendência fortíssima ao apego e isso é ruim,
porque segura a gente nas coisas e nas pessoas e a vida flui com dificuldade. O
dramático atrai dificuldade, anota aí.
Às vezes precisamos ser assertivos, diretos, ir ao
ponto com firmeza, com os outros, coisas e até mesmo com a gente. A vida exige
assertividade e o drama nos desfoca dela. A verdade é que tudo rolaria mais
fácil se não fôssemos tão dramáticos. Términos de relacionamentos não causariam
tanta mágoa, decepção e revolta se não fosse pelo dramalhão que a gente faz.
Amizades, sonhos, situações, lugares, tudo, entraria e sairia de nossa vida com
mais leveza se não fosse o drama, que nos lança no sentimentalismo.
E esse sentimentalismo cansa, fadiga, estressa!
Porque, com o drama, cada desafio que surge vira sempre questão de vida ou
morte, tudo muito exagerado. Olha a pressão que o drama faz! Vale a pena? Não,
então vamos diminuir isso? É sério, vamos começar um exercício de auto vigilância
pra minimizar esse sentimentalismo e mania de elevar tudo ao quadrado sem
necessidade?
E o que ajuda? Assertividade, erroneamente confundida com frieza.
Se preciso fazer, vou fazer. Se preciso falar, vou falar. Se preciso encerrar
algo, vou encerrar, mas com força, não dramatizando a situação. Se vai
acontecer só mês que vem, vou deixar lá, quieto. Se não aconteceu ainda, não vou
fazer acontecer mentalmente e me preocupar. Vou ser maduro, afinal de contas
quem mais vai sofrer as consequências do meu drama, sou eu.
Que o Amor nos cure!
Vinícius Francis :-)
Você é engraçado! Você me faz rir! Me dá ânimo vir até aqui e ficar lendo suas postagens grata!
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