segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Pensar ou sentir?


Eu resolvi fazer um texto sobre esse assunto, porque não só tenho refletido bastante a respeito, como tenho vivido experiências dentro do tema. Vivemos num empasse entre o nosso pensar e nosso sentir. Somos seres racionais, diferente dos animais, que respondem puramente ao seu instinto. Temos a capacidade de intelectualizar nossas sensações, compreendê-las, achar suas causas, enfim, nossa mente é um aparelho que nos proporciona um poder muito grande.

Com esse poder, podemos compreender muita coisa, aprender e evoluir sobremaneira. Ou podemos criar também uma série de problemas e literalmente nos aprisionarmos neles. A capacidade de raciocínio nos desenvolve como Ser. À medida que vivenciamos as experiências da vida, vamos somando aprendizado. E é a nossa mente que nos ajuda a agregar informação em nós, de maneira consciente. Conhecimento nada mais é do que o produto da capacidade de absorver conscientemente a informação.

Mas, mesmo dotados dessa incrível capacidade, ainda somos seres emocionais, instintivos, temos um lado “bicho”. E esse lado instinto é muito importante, indispensável, eu diria. Não somente para nossa sobrevivência, como nossa felicidade. A mente, embora tenha um poder enorme, é coletiva, ou seja, captamos informações que muitas vezes nem são nossas.

Todavia, o nosso sentir é profundamente particular, ele pode ser uma reação a algo que não é seu, mas o sentir, em si, é seu. Brota de você como uma reação do seu Ser interior, instintivo. Essa força tem ligação com nosso sexto sentido, é algo que vê além do alcance da mente, pois esta está ligada ao mundo material. O sentir está ligado a tudo, inclusive ao astral. O sentir percebe mais do que o intelecto pode fazê-lo.

Daí, entramos num dilema, achar ou sentir? Porque tem muita coisa que “achamos” (na cabeça), mas na real não se comprova. Porque a mente deduz com base no que percebe de fora, dos outros, das situações. O sentir capta além, ele pega a energia, por isso é mais preciso. Entretanto, existe a necessidade de equilibrar as duas coisas, discernir o que se sente, perceber de onde vem, como brotou e o que ele está tentando te dizer.

E é para isso que temos o intelecto, para traduzir esse sentir de forma coerente, lúcida, compreensível e satisfatória. A fim de que tenhamos conclusões e aprendizados. Uma vez o Mestre Jesus me disse que “O homem que não acredita no que sente não é amigo de si mesmo”. Isso é profundo, porque aprendemos a ser muito mais racionais do que emocionais. Vivemos num mundo onde somos movidos pelo “achar”. Do tipo, “Eu acho que se eu fizer isso vai dar esse resultado”... “Eu acho que não conseguirei”... Eu acho, eu acho...

E o que sentimos? Damos importância devida ou desprezamos para dar muito mais atenção ao que a cabeça está dizendo? Pois é, porém, o sucesso e a felicidade nesta vida estão profundamente ligados à confiança em nosso sentir. A mente está em nós para nos ajudar a entender esse aparelho emocional, a fim de que tenhamos uma vida legal. Contudo, não podemos ser comandados por ela. Razão e emoção precisam andar juntas, mas a razão não pode sobrepor-se ao sentir, jamais. Porque a razão pode estar baseada no mundo lá fora, na experiência de terceiros. E essa razão pode não servir pra você. Porém, o sentir, vem de dentro, é o seu Ser interior querendo se comunicar.

Está sentindo algo? Pare, perceba, tem uma parte sua querendo falar com você. Dê ouvidos, intelectualize o sentir e então, terá todas as respostas que muitas vezes você fica tentando encontrar no quase imperceptível vício de simplesmente “achar”.


Que o Amor nos Cure!
Vinícius Francis :-) 

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