Ontem, enquanto ia ao centro da cidade resolver
algumas coisas, senti um bem-estar muito grande e um sentimento enorme de
gratidão. Uma certeza me dizia que tudo já tinha dado certo, e tudo, daqui
pra frente, já havia sido providenciado. Daí, perguntei a mim mesmo, de onde estava
vindo aquela certeza. E a resposta foi muito clara, da ESPIRITUALIDADE. Que
outra coisa pode realmente nos dar alguma certeza sobre algo?
Porque se basearmos a nossa sorte na realidade deste
mundo nos sentiremos inseguros. Porque é assim que a maioria se sente. O mundo
é como a maioria das pessoas, nunca está bom o suficiente, sempre está mais ou
menos ou “indo”. Você conhece alguém com esse discurso? Ah, tô indo, empurrando
com a barriga, tudo mais ou menos.
Eu não, estou ótimo! É minha
resposta quando alguém me pergunta como estou. Porque a minha sorte eu baseio na Espiritualidade e não na realidade deste mundo.
Não é do plano tridimensional que flui o que eu
preciso, vem do Criador. Ele não está em crise, ele não está enfrentando
problemas. Ele cria infinitamente mais além de todas as nossas necessidades.
Ele é suficientemente poderoso para suprir tudo que existe no Universo. E eu sou uma parte Dele, consciente. Dele
emerge toda energia e provisão. E quanto mais se convoca, mais energia flui
para atender a todos, com justiça e abastança. Não existe crise no
Universo, a crise está em nossa consciência e em nossa sociedade desvirtuada
dos princípios do Criador.
E eu estava conversando sobre isso com dois amigos recentemente e comentei sobre estar conectado à fonte. E os problemas e estados negativos
de desespero, falta, medo, são todos oriundos de nossa desconexão com o
Criador que nos supre eternamente. Algo que
poderia ser evitado se todos se alimentassem da Árvore da Vida, da consciência,
da unificação,
E ilustra muito bem o que eu estou falando, uma
passagem da vida de Jesus no evangelho de João, na qual ele, metaforicamente,
diz ser a "videira verdadeira" e o “Pai”, o "lavrador". Ali, o Mestre ensina sobre um
estado de "dependência" da videira, onde Cristo é representado pelos ramos, e Deus, o
lavrador, que cuida de toda ela.
Traduzindo: Somos extensão física e ligados estamos ao Cristo, nossa pessoa espiritual em Deus, nossa identidade divina.
Traduzindo: Somos extensão física e ligados estamos ao Cristo, nossa pessoa espiritual em Deus, nossa identidade divina.
E somos cuidados pelo lavrador, o Todo, o Criador, que gera vida,
recursos, energia, vitalidade, expansão, tudo, cem vezes mais. Mas o ser humano
desconectou-se dos ramos, e assim, ele se enxerga como um ser frágil, fraco, limitado,
porque se vê apenas como um galho separado e não como uma extensão da grande
árvore eterna, que é Deus, cujos ramos que nos dão vida trazem a essência do
Cristo, o mesmo que através de Jesus transformou água em vinho, curou enfermos,
fez prodígios. Jesus aceitou o Cristo, alimentou-se da Árvore da Vida, nos
mostrou que não há limites e nem separações.
Isso tudo me ensina muito! Num caminho de vida pautado na
Espiritualidade vamos pouco a pouco nos colocando nessa posição interior.
Quanto mais estudamos e nos enchemos do conhecimento que liberta e transforma,
mais conseguimos acalmar o nosso ego e suas prioridades, exigências, mimos,
todos reflexos de uma educação baseada do externo, no ter para ser, no possuir, no
chegar lá e ter suas conquistas como troféus a serem exibidos para os outros,
como um desesperado apelo de autoafirmação e por consideração alheia, aplausos.
A Espiritualidade vai nos lapidando e gradativamente nos reeducando em princípios
de Amor, justiça, harmonia, equilíbrio, fé, temperança, bondade e claro,
paciência. Ela nos ensina a sermos gratos pelo agora, a apreciarmos a nossa
vida, mesmo quando ela não é exatamente como gostaríamos. A
Espiritualidade molda nosso caráter e desinfla o ego, ensinando-o a ser um
agente de cooperação do todo, uma parte de nós que deve sim existir, mas
precisa estar rendida à maior, que é a centelha divina. Essa sim, precisa estar
no comando do barco. E o ego sendo um cooperador dela e não simplesmente uma parte nossa que só procura pelos próprios interesses. O ego é ótimo quando torna-se servo, nunca quando é senhor.
E nessa jornada vamos aprendendo a abençoar o hoje, a agradecer pelo
que está aqui, a agradecer também pelo que ainda não veio. Mas, com desapego,
não com ansiedade. Aceitando que tudo tem o seu tempo de ser e acontecer.
Aceitando que cada fase da vida traz suas experiências e aprendizados e não é
preciso passar o carro na frente dos bois, pois são eles que tocam a carroça,
não é assim?
E o "mais"... Ah, esse mais! Que deslumbra nossas mentes humanas
fascinadas pelas coisas deste mundo. Que são belas e apreciáveis, claro! Mas
precisam, todas, serem medidas com sabedoria e ponderação, a fim de que tudo
possa ser desfrutado numa medida saudável e no tempo que for mais adequado. É,
queridos, a Espiritualidade ensina a gente a ser assim, de ansioso e preocupado
com o amanhã, a seres que descansam na certeza de que tudo está bem na criação.
E se Ele supre até as aves dos céus que não trabalham e nem fiam, quanto mais o fará a
nós, humanos, tão cheios de sonhos, ideias, projetos, força, inteligência! Nos
basta o Bem de hoje. E amanhã ao despertarmos e se despertarmos aqui na Terra,
porque nem disso temos plena certeza, nos caberá novamente, o Bem. Vivendo o
Bem, em amor, sabedoria, crescimento exponencial, gratidão, ação sábia, paciência e
alegria, esteja certo, tudo o que vai mal será resolvido. E todo resto virá, pode crer,
o melhor pra você virá. É só ficar nessa posição interior.
Que o Amor nos cure!
Vinícius Francis :-)
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