Acredito que como orientador, minha função seja justamente dizer aquilo que é preciso ser dito. Quando queremos aplausos, normalmente fazemos o discurso esperado pela maioria, mas quando somos comprometidos com a verdade e principalmente, com a espiritualidade, nosso papel é falar o que precisa ser falado, doa a quem doer.
E claro que geralmente isso tem alguns efeitos, cutucar a ferida não é algo
que os dominados pelo ego se agradam. E não foi justamente esse o motivo que
levou o povo, há mais ou menos dois mil anos, a crucificar Jesus? Nosso amado
mestre, através de discursos assertivos e diretos, botava sempre a coisa em
pratos limpos, condenando o comportamento dos líderes religiosos,
justamente por sua hipocrisia e falsidade por trás de uma imagem nobre e espiritualizada,
e também o povo, em palavras amargas muitas vezes, ao lhes mostrar sua tamanha
ingratidão e má vontade em realmente querer se transformar.
Por isso, eu resolvi
escrever esse texto porque amo o Brasil, mas me incomoda a hipocrisia do brasileiro (não estou generalizando), chega a doer
nos ossos. Hipocrisia essa que também atinge o
meio espiritualista. Sim, atinge, não estamos de fora. E essa minha observação
mais detalhada veio a partir do movimento do dia 15 de março, anunciado como um "protesto contra a corrupção".
Sei, conheço bem o discurso brasileiro, conheço
bem essa conversa fiada do povo dizendo que quer mudar o país. Quer mudar
mesmo? Não, não quer.
Existem os que fazem
isso, existem sim os que vão para as ruas vestidos de boas intenções e atitude
em prol da mudança. Embora ainda seja a minoria que realmente faz alguma coisa funcional na sociedade, ela existe, graças a Deus!
Em diversas entrevistas com as pessoas durante o evento do dia 15, percebi que muitas sequer sabiam o que estavam fazendo ali. Outras, uma grande parte, como sempre, transformaram aquele momento numa oportunidade de tirar “selfies”, reunir os amigos, “tomar uma”, fazer algazarra, enfim, aproveitar o “carnaval de rua” e se distrair no Domingo. Existe a hora de pular carnaval e existe a hora pra falar sério. Só que muitos brasileiros, infelizmente ainda não sabem discernir o momento certo pra cada coisa. E aí, o nosso país vira essa bagunça.
Em diversas entrevistas com as pessoas durante o evento do dia 15, percebi que muitas sequer sabiam o que estavam fazendo ali. Outras, uma grande parte, como sempre, transformaram aquele momento numa oportunidade de tirar “selfies”, reunir os amigos, “tomar uma”, fazer algazarra, enfim, aproveitar o “carnaval de rua” e se distrair no Domingo. Existe a hora de pular carnaval e existe a hora pra falar sério. Só que muitos brasileiros, infelizmente ainda não sabem discernir o momento certo pra cada coisa. E aí, o nosso país vira essa bagunça.
E quando me deparo com o conhecimento acerca das leis do
Universo, só consigo expressar ao Criador gratidão, por ter criado fundamentos
cósmicos tão perfeitos. A verdade é que a nossa nação está recebendo justamente
por tudo o que vibra. A verdade, por mais que seja dura de engolir, quadrada e
espinhosa, é que nós temos a nação que merecemos, nós temos o governo que
merecemos. Sabe por quê? Porque os que estão lá governando são o reflexo dos
que estão aqui, na sociedade.
O povo diz que quer
um país mais justo, porém se escandaliza com duas mulheres se beijando na TV. O
povo quer direitos iguais, mas critica o outro, julga, persegue, agride, por
ele viver como vive, por sua religião, condição sexual, etc. Uma nação que sequer
consegue aceitar que a homossexualidade existe e que é uma coisa natural, pede por mudança! Uma nação preconceituosa que julga pela cara, que joga pedra antes
mesmo de saber o porquê as está atirando, grita por justiça!
Uma nação que quer
paz, menos violência, menos corrupção e roubo dos recursos injetados pelos
impostos que o povo paga cria bonecos da Dilma e do Lula para serem enforcados e
queimados durante o protesto. Em alguns lugares, isso aconteceu. É esse o povo que
quer menos violência? É essa nação que se acha no direito de bater o pé e pedir
por justiça social, direitos humanos, igualdade e respeito?
Esta é a nação que
se escandaliza com as execuções que ocorrem no oriente? A nação que pede a
cabeça da Presidenta se acha no direito de lamentar pelos que morrem nas garras
dos terroristas e fanáticos do Estado Islâmico, dizendo que suas praticas são absurdas e desumanas! O coração está cheio de ódio, mas mesmo assim julga os que fazem do ódio a sua opção de vida.
Uma nação que deseja
uma sociedade justa onde todos possam ter oportunidades acusa uma mulher, a
nossa Presidenta, juntamente com o seu partido, de serem os culpados pela
realidade do país, e faz isso com ofensas, maldições, ódio. Ou seja, eu
protesto para que as pedras parem de chover sobre mim, mas faço isso atirando
pedras. Que o governo erra, até aí não tem novidade. Agora, eles são mesmo, culpados por tudo? Não.
Nós somos a sociedade, nós somos o Brasil e somos nós que precisamos construir uma nação mais justa e parar de esperar que outros façam o que é de responsabilidade de todos.
Queremos o fim dessa
política suja, queremos os traficantes na cadeia a achamos um absurdo a
quantidade de criminalidade que existe no país e impunidade também. Ok, isso é um fato real e lamentável, mas
quando você fura a fila no banco, o que acha que está fazendo? Quando você
falta com o devido respeito no trânsito, o que acha que está fazendo? Quando você
agride seus filhos (física ou moralmente) ao invés de dar a eles educação e exemplo, o que acha que
está fazendo? Quando você trai descaradamente o seu cônjuge, pondo a perder uma
estrutura familiar, cuja decadência acarretará numa série de problemas e
transtornos, o que acha que está fazendo? Quando você abandona um animal só
porque ele dá trabalho, o que acha que está fazendo? Quando você trapaceia os colegas de trabalho só pra ter aquele aumento ou destaque, o que acha que
está fazendo? Quando você critica, julga, agride seu patrão (pelas costas) só
porque ele te cobra o serviço ou pega no seu pé, o que acha que está fazendo? E quando você despeja ódio e revolta, seja por qual motivo for, o que pensa que está fazendo?
Será mesmo que você,
eu e todos nós, temos o direito de julgar os outros? Será que somos honestos,
disciplinados e corretos com a nossa própria vida pra fazermos isso? A resposta
é não. Somos hipócritas. E toda essa violência que manifestamos com o nosso viver
aqui embaixo (na sociedade) cria uma realidade coletiva injusta que nos governa, lá em cima (no governo).
O povo espalha fotos
de violência contra animais ou crianças pelas redes sociais, chocando negativamente
às pessoas, espalha o terror, difunde o mal e o exibe pra todo mundo ver e com
isso só cria mais ódio, mais medo, mais revolta. E depois, esse mesmo pessoal,
vai às ruas gritar, levantar faixas contra a violência e corrupção. Ou fazem isso pela internet mesmo.
Corrompemos
as nossas redes sociais com o mal e nos achamos no direito de exigir o fim dele em nosso governo, em nosso país. E Deus é tão perfeito que trata de jogar na
nossa cara que estamos errados e ele faz isso nos devolvendo o mesmo que vibramos
como nação. E o nosso país segue doente, sem mudança, não a de verdade, que é
interior.
E o que dizer dos
espiritualistas? Dos que “deveriam” levar a luz e o amor ao mundo? Se escondem atrás
de falsas esperanças de uma intervenção alienígena quando eles próprios deveriam
ser a positiva intervenção. Nós, que levamos a luz e o Bem somos os responsáveis
por essa intervenção e sabe qual é ela? Testemunho, exemplo, transformação de
vida! É mudando nossa vida que mostramos ao mundo o quanto a luz é poderosa. É
moldando o nosso caráter e sendo diferentes que vamos levar o
Amor e os
ensinamentos dos mestres e não esperando que alguém lá em cima faça alguma coisa
em nosso lugar. NÃO VÃO FAZER! Hipócritas, falsos profetas e enganadores são
todos os que ensinam ou seguem uma coisa que não vivem.
Como representantes (pelo menos dizemos que somos) de uma Fraternidade Espiritual justa, observamos
o Brasil e o mundo com seus infortúnios atuais e ao invés de nos levantarmos em
coragem, determinação e ousadia para sermos soldados da transformação, não,
sentamos no sofá ou vamos para o quarto chorar, lamentar, pedir socorro aos
mestres e suplicar que eles venham mudar isso. Com aqueles discursos nojentos, recheados de coitadismo, tipo: Ah, quando será isso? Quando vocês virão nos ajudar? Quando
isso vai mudar? Quando vocês vão descer de nave e nos levar daqui, nos levar pra nossa casa? E Blá blá blá... Conversa infantilóide de quem não quer crescer.
Sua casa, caro espiritualista e trabalhador da luz, no momento é aqui, sua
missão é aqui. Essa ideia de mundo perfeito só alimenta os iludidos e os lança em conflitos horríveis, dos quais dificilmente se desapegam porque ficam esperando que algo lá de fora venha socorrê-los e levá-los para um lugar "seguro", onde não exista o "terrível mal" que assola a humanidade. Só que as coisas não funcionam assim. O que você pode fazer? Levante-se, enxugue essas lágrimas, mude essa cara de bosta e transforme
a sua vida, disponha-se como obreiro da luz, forte e capaz de fazer jus ao Bem
que você diz seguir. Reaja, cresça. Um povo espiritualizado de verdade e fiel representante de um governo divino e perfeito jamais teria essa postura de banana, frouxa, desanimada e cabisbaixa. O povo da luz é forte, destemino, corajoso e de fé.
Os que deveriam estar de pé e lançando luz sobre nossa Terra muitas vezes ficam aí, borrando as calças ou espalhando revolta, como eu já tive o desprazer de ler em e-mails de líderes de blogs "espiritualistas", através dos quais tentaram me convocar para a "rebelião".
Os que deveriam estar de pé e lançando luz sobre nossa Terra muitas vezes ficam aí, borrando as calças ou espalhando revolta, como eu já tive o desprazer de ler em e-mails de líderes de blogs "espiritualistas", através dos quais tentaram me convocar para a "rebelião".
E ao invés de fazerem algo pra mudar ficam criticando, acusando, agredindo os próprios irmãos espiritualistas, como um bossal que se diz trabalhador da luz fez contra mim recentemente e de forma pública. Os da luz se unem e se dão força mutuamente, não competem entre si, não julgam, não falam do que não sabem.
Mas, é esse o tipo de gente que reivindica mudança, que quer nova era. Eu sinceramente não quero intervenção dos mestres. Eu quero mudar a minha vida cada vez mais e com isso ajudar os outros a mudarem a sua. Pra mim, nova era é isso.
Mas, é esse o tipo de gente que reivindica mudança, que quer nova era. Eu sinceramente não quero intervenção dos mestres. Eu quero mudar a minha vida cada vez mais e com isso ajudar os outros a mudarem a sua. Pra mim, nova era é isso.
Intervenção não, isso não educa, tirar de nós o nosso exercício da
evolução não educa, antes só nos torna mais mimados, bobos, fracos e covardes.
E eu quero ser forte. Se você também quer, então mude. Olha, se realmente queremos
ver o nosso Brasil sarado, ahhhh... Vamos ter que trabalhar muito e principalmente
em nós! Mas é possível, fomos chamados pra isso e somos capazes de mudar esse
mundo, basta primeiro, mudarmos a nós mesmos.
Vamos mudar o Brasil sim, mas com compromisso com a luz, com humildade, retidão e vida limpa e honesta, com base nos verdadeiros princípios de Deus e não mais nos nossos, do ego, que são torpes, errados, desviados do Bem. Pois é só o Bem que pode nos libertar para que verdadeiramente sejamos livres.
Vamos mudar o Brasil sim, mas com compromisso com a luz, com humildade, retidão e vida limpa e honesta, com base nos verdadeiros princípios de Deus e não mais nos nossos, do ego, que são torpes, errados, desviados do Bem. Pois é só o Bem que pode nos libertar para que verdadeiramente sejamos livres.
Vinícius Francis
Nem há o que dizer diante de um texto tão esclarecedor. Parabéns mais uma vez por favorecer que as pessoas abram os olhos e a a alma a tempo...
ResponderExcluirAdorei o texto e concordo 100% com você. A gente cura quando cura na gente.Procuro sempre fazer postagens que elevem as pessoas porque acho que o mundo não precisa da nossa dor, mas precisa sim da nossa paz....é tudo tão óbvio quando se ve a foto de um animal judiado e lemos nos comentários grandes maldições lançadas para os agressores. A pergunta é,: Não é a mesma coisa? Parabéns pela clareza de um belo e elucidativo texto!!! Namastê
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