quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Depoimento Magia da Transformação - Clarice



   A MT tem me ajudado desde que eu a iniciei, a ter clareza sobre como eu atuo no mundo como ser humano. É como se momentos de lucidez ficassem cada vez mais frequentes. Identifico antes de exteriorizar, os desejos, vontades e brigas internas que meu Ego quer se apegar. É engraçado: 

é como se dois seres habitassem o mesmo corpo físico. E na maior parte do tempo, me sinto aparentemente consciente e, mesmo que em determinado momento, as vontades do ego sejam mais fortes, consigo verificar os motivos que permeiam as minhas escolhas. 


   Quando não prejudica ninguém (ou eu mesmo), deixo que meu Ego seja feliz nos desejos mundanos e me divirto com as frivolidades que ele (nós) escolhemos seguir no momento. E diante dos desafios, pulamos a etapa do sofrimento, valorizamos os sentimentos, fazemos as ações necessárias para atingir os objetivos para mudar e trabalhar no que for preciso. 


   A intuição ganhou vozes mais fortes e hoje consigo enxergar a responsabilidade do que é meu.


   Conforme fui ganhando esta consciência, me surgiu a vontade de me ver em um relacionamento com esta clareza, e foi muito lindo como tudo aconteceu.


   Nas leituras dos tarots de inicio de ano, Vinícius falou sobre muita mudança e a possível abertura para um relacionamento a partir do meio do ano. Fiquei otimista, pois já estava trabalhando estes objtivos nas Mts anteriores, mas naquele momento, não conseguia ver perspectiva diante do que eu vivia.


   Eu estive apaixonada por um amigo próximo, ou melhor, pela ideia que eu fazia de quem ele era. Me apaixonei por um ideal criado. A medida que ia conhecendo e me aproximando dele, percebia que seus valores nada tinham a ver com os meus, porém, mesmo assim, seguia obstinada de que se ele me conhecesse mais intimamente, ia querer se envolver comigo. Segui nutrindo esta “amizade”, e apesar de observar muitas características que eu não gostava nele, conseguia mirar apenas nas que me encantavam.


   E o mais engraçado, é que eu estava consciente de que era isso que estava acontecendo, mas o apego a esta ideia parecia ser muito forte. Ao expressar o que eu sentia, esse amigo foi muito carinhoso em dizer que apesar de eu ser muito querida e que ele adorava a minha companhia, ele não conseguia se sentir atraído por mim da mesma forma. Mesmo assim, o magnetismo que eu sentia por ele, dificultava o desapego. 


   Porque apesar dessa “rejeição”, sentimos esse carinho um pelo outro, e isso tornava tudo confuso dificultando o afastamento. Mesmo porque, dividimos o mesmo círculo social. Eu simplesmente entreguei e aceitei - Disse para mim mesma - “Cla, você está apaixonada por esta ideia. Vamos parar de fazer movimentos para isso acontecer. 


   Apenas vai vivendo os momentos juntos, sem forçar nada e tente se abrir para novas situações” - Fiz isso sem sofrer. Não havia sofrimento, porque eu sabia que isso era uma ilusão e um apego do Ego. Em determinado momento, ficou muito claro que eu não era apaixonada por ele e sim, apaixonada em QUEM EU ERA QUANDO ESTAVA COM ELE. Percebi que todas as pessoas e relações trazem lados nossos melhores ou piores. E que quando deixamos de conviver com certas pessoas, uma parte nossa deixa de existir. 


   Exatamente o que eu senti quando meu pai faleceu. Um lado meu, a de “filha”, “menininha do papai”, deixou de existir junto com ele. Aceitei que todas as relações são assim, mas fiquei feliz ao notar que na verdade eu estava apaixonada por mim… e não por ele. 


   Tendo isso esclarecido mentalmente, faltava eu trabalhar emocionalmente para firmar esse pensamento. Decidi: - Vou fazer movimentos para ir ao contrário desta realidade de me aprisionar à ideia de que algo vai acontecer ali. Percebi o quanto eu estava fechada e nem enxergava outras possibilidades com outras pessoas. 


   Pensei: - Bom, como é que eu vou querer me relacionar com alguém, se as pessoas nem sabem que eu quero me relacionar? E também cheguei em um acordo:  Colocar energia apenas em pessoas que queiram isso e não ficar tentando conquistar alguém que tem medo, trauma ou não sabe bem o que quer.   


   Imaginei que isso tornaria minha lista mais extensa ainda…rsrs.  Além de todos os 50 itens de uma pessoa ideal que eu já tinha em mente para mim, a pessoa ainda ia ter que estar querendo….  e ME querendo. - “Mas é isso e ponto. Bóra lá”


   Postei uma foto de um café no Instagram com o dizer: “Aqui tem Café com amor, quem quer?”


   Tive apenas uma resposta: 

- “Eeeeuuu” - Respondei o Vinícius.

- “Vem que tá tenduuu” - Eu respondi.


   A partir daí começamos a conversar virtualmente por uns 15 dias.


   Quem é Vinícius? Não… não é o Profe..rs.  


   Vinícius é um amigo em comum desse mesmo círculo social da cidade que moro. Porém, ele vinha com menos frequência e eu o conhecia super pouco. Até achei atraente a primeira vez que o vi, mas por estar cega na outra história, não dei muita bola. Mas, conforme íamos conversando, pudemos notar um alinhamento em ideias, momento de vida, gostos, forma de se relacionar com o mundo, espiritualidade, autoconhecimento. 


   Tudo muito alinhado. Foi diferente da outra história, porque não criei nenhuma ilusão do que poderia ser. Fui me surpreendendo e percebendo a beleza disso, de se manter no presente, sem criar expectativas, sem saber o que esperar. Eu não me apaixonei por um ideal. De fato, eu não me apaixonei. Eu deixei as coisas acontecerem. Ele veio para um aniversário em comum e pudemos vivenciar fisicamente este interesse. E estamos até hoje vivenciando. Ele já estava planejando se mudar para a mesma cidade e agora estamos vivendo esse história. 


   Ele estava ali o tempo todo e eu não via. Foi só quando soltei uma ilusão criada é que pudemos nos conectar. 


Achei mágico. 


   Um outro aspecto trabalhado, que pedi ajuda, era sobre a sensação de solidão que eu tinha. É engraçado porque eu estava pensando nisso esses dias e nem lembrava que isso já foi um pedido da MT. Só notei agora que pretendo renovar e Márcia me sugeriu escrever um depoimento sobre as anteriores. 


   Já nem lembro mais…. mas não me sinto sozinha faz tempo. Eu moro sozinha, não tenho tanto contato com a famíla, trabalho em casa sozinha….  mas Solidão….  não tenho. Como disse antes…. sou apaixonada por mim mesma e quando me vejo sozinha desfruto de todos os meus talentos e ferramentas para me preencher, mas não com esforço. Pelo contrário..   se fico muito tempo acompanhada, logo me organizo porque sinto falta de ter meu tempo só comigo. 


   Amo estar em minha companhia cada vez mais e aprendi que na verdade somos mundos individuais que de vez em quando se cruzam. Nossas experiências são só nossas, mesmo que outras pessoas participem. Elas estarão vivendo as sensações delas. Ao entender que mesmo acompanhada de um namorado, as impressões que eu terei são só minhas, porque não tem como ele estar em minha consciência para sentir da forma que eu sinto… me libertei da ideia que dá para dividir emoções e sensações. Pareceria um tanto triste e solitário, mas acho que solitário hoje para mim é tentar se encaixar em algo que não existe. 


   Acho q é isso.


   Eu conheci vocês em 2018 e sou muita grata por esse encontro. 

Sou outra pessoa hoje graças a todo o trabalho que vocês realizam. Vocês fazem a diferença no mundo. 

Eu não consigo mais me ver em certas situações que eu me colocava. 

Vocês são luz no mundo! 


Gratidão!

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