Compartilho aqui um texto que escrevi recentemente para o site Horóscopo Virtual, cujo assunto flui bem dentro de tudo o que temos conversado nas palestras. Perante tudo o que tem acontecido no mundo, creio que esse seja o momento propício para pensarmos nisso.
Eu quero abrir a sua compreensão hoje para uma coisa muito importante quando o assunto é espiritualidade. Há dois mil anos nos foi dito para irmos e pregarmos o evangelho do Reino de Deus em toda Terra, como missão. Bom, pelo menos gostamos de dizer que somos cristãos e seguidores de Jesus. No entanto, quando o assunto é executar o trabalho que ele nos deixou, a coisa é diferente.
Eu quero abrir a sua compreensão hoje para uma coisa muito importante quando o assunto é espiritualidade. Há dois mil anos nos foi dito para irmos e pregarmos o evangelho do Reino de Deus em toda Terra, como missão. Bom, pelo menos gostamos de dizer que somos cristãos e seguidores de Jesus. No entanto, quando o assunto é executar o trabalho que ele nos deixou, a coisa é diferente.
Só que, além disso,
temos outro problema, que é o foco deste texto, o “como” se faz isso. Saímos da
religião por causa dos paradigmas e limitações espirituais que percebemos
nitidamente ao despertarmos a consciência espiritual. No entanto, depois de um
tempo em que estamos caminhando na espiritualidade, aparentemente lúcida,
poucas vezes nos damos conta de que lá estamos nós outra vez enfiados num
modelo de vida religioso.
Além de
institucionalizar tudo, o ser humano tem uma tendência enorme a estacionar e se
engessar em determinados métodos e visão das coisas. Quando o assunto é levar o
evangelho do Reino, que nada mais é do que trabalhar pela expansão da
consciência da massa, tem-se normalmente a compreensão das ferramentas –
Palestras, workshops, terapias, blogs, vídeos no YouTube, livros e fim. Não que
tudo isso não seja útil e forte, é sim. Porém, quando falamos da civilização
humana precisamos englobar todo mundo, todo tipo de gente.
Todavia, infelizmente
estamos engessados demais nos mesmos métodos e formas de levar a luz. E pior,
quando alguém faz algo que fere esse paradigma é criticado e julgado. Na
religião tínhamos um método, aquele obsoleto de ir à igreja toda semana, orar,
ler a bíblia e tal. Quando vamos para a Espiritualidade, acessamos blogs,
livros, assistimos palestras, eventos online, lemos canalizações. E eu te
pergunto – Há quantos anos estamos nesse esquema? Muitos! E você sabe disso. E
poucos param pra perceber que muita gente não tem acesso à Internet, não tem
computador, não sabe ler ou não gosta, enfim, tem gente de tudo quanto é gosto.
E é preciso todo tipo de ferramenta pra atender a todo tipo de gente. Concorda?
E o que tem sido
produzido pra satisfazer a demanda geral? Quem está na escuridão não tem acesso
aos blogs e canais do YouTube, muitas vezes nem sabe que existem. E se sabe, a
resistência é muito grande em se abrir pra isso. Então, eu pergunto, nós,
espiritualistas e trabalhadores da luz, o que temos feito para criar métodos de
levar conhecimento e luz a estas pessoas? Temos ido até elas ou nos escondemos
atrás da frase – O conhecimento está aí,
pega quem quer? – Será mesmo que é assim?
Se tem uma árvore de
trinta metros de altura cheia de frutos em sua copa, podemos dizer que pega os
frutos dela quem quer? Não, só pega quem consegue alcançar o topo. O mesmo é
com a luz e o conhecimento espiritual. Esperamos que as pessoas venham até nós
para receber ajuda, quando nos foi dito que somos nós quem devemos ir até elas
e resgatá-las. Lidamos com uma grade social e religiosa (matrix) que faz tudo
para a massa não ter acesso ao conhecimento, mantendo-a totalmente manipulada.
E os meios para que eles consigam isso são inimagináveis. Os seres negativos
são extremamente criativos, motivados e espertos em suas artimanhas.
E nós, os da luz? Somos
também? Não, infelizmente. Estamos engessados. Não vamos à mídia porque a condenamos
publicamente, como se ela só tivesse o lado ruim. Enquanto as trevas não têm o
menor preconceito com nada, inclusive entram no território da
espiritualidade moderna para executar seus planos e disseminar o engano. Não
vamos às multidões levar a luz porque não nos “misturamos” com os outros.
Talvez porque nos achamos melhores que eles ou porque não bancamos a nossa
“Luz” e temos medo de nos contaminar. Ou pior, porque somos fracos e nossa luz
não suporta a maldade que dizemos que o mundo tem. Então, vamos pro nosso
mundinho, pra nossa redoma de “luz”, viver a nossa “espiritualidade” medíocre.
E nada é feito pra
alcançar o resto do mundo e das pessoas. Contamos com o de sempre pra arrebatar
as almas à luz, enquanto nossos opositores criam “n” meios de conseguir o que
pretendem. Talvez por isso dominem a maioria, porque são mais perspicazes. Não
estão atrelados à mesmice. Já os da luz, insistem em se manter nos mesmos
métodos e abordagem de sempre, alcançando aquele mesmo tipo de pessoa. E o
índice de crescimento dos movimentos espiritualistas em relação ao número de
habitantes do mundo é ridículo. Porque praticamente andamos em círculos.
Precisamos pensar sobre
isso, seriamente. Vamos avançar e ir além ou nos manter somente na linha
religiosa com nossos modelos arcaicos e horizontais, achando que assim vamos
mudar o mundo? Eu sinto que é preciso sair da caixinha e ir ao olho do furacão
ajudar a humanidade. Todos os meios são válidos, desde que você não fira sua
ética e valores. Mas é preciso ir, pois do contrário estamos condenamos a nos
manter estacionados “nessa” por muito, mas muito tempo. Contudo, que não nos
esqueçamos de que essa escolha também tem suas consequências. E pode crer, elas
não são boas.
Luz e Benção!
Vinícius Francis :-)
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Texto que nos leva a refletir. Essa medíocre atuação está relacionada a meu ver, com a falta de Força no que acreditamos, dizemos que temos Fé, mas será?! A Fé sem obras é morta. Essa reflexão é minha, não pretendo aqui falar de como isso se passa com os outros, estou apenas refletindo
ResponderExcluirtambém me fez refletir... justamente na parte que fala "enquanto nossos opositores criam “n” meios de conseguir o que pretendem." É nisso que penso sempre... algo interno q nos paralisa, acho q é o medo de brilhar e acabar na "cruz"...
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