Hoje eu quero
conversar com você sobre um tema que desperta muito interesse em nós humanos,
relacionamento afetivo. Esta é sem dúvida uma das maiores pretensões do ser
humano. A maioria das pessoas, em algum momento da vida, desejou desfrutar de uma
relação amorosa nota dez, tipo daquelas de filme de romance. E a propósito,
esse tipo de envolvimento a dois pode existir nesse nível? Pode, do mesmo jeito
que eu te responderia outra pergunta, referente à prosperidade, por exemplo: É
possível eu prosperar e ter a vida financeira dos meus sonhos? Claro que sim!
A coisa que pega não
é o “posso” ou “não posso”, é o “Eu sei
fazer dar certo?” Porque querer todo mundo quer, somos uma máquina de
“querer” desenfreada, passamos em frente à loja, olhamos a roupa na vitrine e
já queremos. Vemos o carro do ano na rua, sabe, daquela cor charmosa que nos
encanta o olhar? Pois é, queremos de novo. Presenciamos um casal trocando
carinhos numa relação que aparentemente é legal e novamente, estamos nós, querendo.
Sim, isso é normal,
querer faz parte, entretanto, nos emperramos aí e não partimos para os passos
seguintes. A primeira coisa é que um relacionamento que dá certo é aquele que
existe como mecanismo de “troca” e nunca de compensação. Sabe aquele assunto
de: “Eu quero alguém pra me completar e
me preencher”? Isso tem muito por aí. E começar a criar uma relação amorosa
já com essa crença é pedir pra dar tudo errado.
Porque ninguém tapa o buraco
sentimental de outra pessoa. Não existe esse lance do outro me completar, Deus
não fez ninguém pela metade, esse conceito é apenas mais um que nos aprisiona
numa dependência alheia e nos remete a sofrimentos e desilusões.
Quer ter um namoro
ou casamento em que realmente exista amor? Então, negue a dependência do parceiro
(a) e dos sentimentos dele (a). Rejeite a crença de que juntos vocês são “um”,
porque se acreditar nisso, em pouco tempo desenvolverá a ideia de que vocês nasceram
um para o outro e que não pode mais viver sem ele (a). Se eu fosse você saía
fora desse tipo de pensamento, porque é ele que nos faz sofrer amargas
desilusões, decepções e desencantamentos, que na verdade são reflexos do nosso
apego e ignorância em achar a vida a dois “deveria” funcionar do jeitinho que
sonhamos.
Caímos na real para compreender que não é bem assim que funciona, às
vezes, depois de muito sofrimento.
Partindo do desapego
e abraçando o conceito da “troca”, entenda que o seu amor é seu e o amor do seu
companheiro (a) é dele, sendo assim, preencha-se do amor próprio e se ame profundamente.
Ao fazer isso, transbordará de você, para o outro, a expressão de um sentimento
sincero para consigo mesmo. As coisas boas só podem ser expressadas numa
relação quando as temos dentro de nós. Só seremos bons namorados quando formos
nossos amantes em primeiro lugar. É o meu gostar que levo pra relação, é o meu
carinho, minha ternura que procurarei demonstrar ao meu parceiro (a), então,
que tal eu treinar tudo isso comigo antes?
Se eu gostar de
receber o meu amor e se ele me fizer bem, certamente agradará o outro. Todavia,
se nem eu mesmo recebo o meu afeto, a minha consideração e encanto, como vou
cativar a quem desejo ter como companheiro (a)? E quanto mais eu me envolvo
comigo, mais interessante eu sou aos olhos de pretendentes. E se sou seguro no
carinho que tenho com a minha pessoa, certamente, minhas relações serão
saudáveis, sem cobranças, ciúmes excessivos, pressões e ilusões, afinal, eu
estou numa ótima comigo e quem estiver ao meu lado numa relação amorosa sentirá
exalar de mim o melhor e então, a troca será sem dúvida, promissora.
Seja feliz!
Vinícius Francis
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