O amor é o sentimento mais nobre e verdadeiro que existe, porém, nós o confundimos constantemente com outro estado emocional chamado “apego”.
Devido às
carências e falta de nós mesmos, nossa primeira reação é nos apegarmos às
pessoas, às coisas, à certas manias ou costumes para aliviar a sensação de
vazio que temos dentro de nós.
Esse
espaço desocupado em nosso interior significa que em alguma área da vida nos lesamos, com uma postura oposta ao bem-estar. Simboliza que não
temos priorizado nosso Eu. Antes, alimentamos nossa alma com falsas sensações
que não duram muito.
O apego é a necessidade do outro nos suprir
de uma atenção que apenas nós temos para nos oferecer. Se o amor genuíno fosse
nosso constante guia, nunca nos submeteríamos a situações desconfortáveis,
nunca imploraríamos pelo afeto alheio, nunca nos rebaixaríamos para manter
relações de aparência.
Nós
seríamos motivados apenas pela sinceridade, pela liberdade, pela leveza de ser
e agir naturalmente. Quando estamos apegados moldamos cada passo segundo o que queremos mostrar para a sociedade. Preferimos manter relações forçadas, que culminarão, mais cedo ou mais tarde, em fracasso e sofrimento. Ao invés de encarar a vida e que nem toda relação durará longos períodos, temos que aceitar que as relações se desgastam e também se acabam.
O
apego nos faz desenvolver o medo da vida, passamos a proteger nossas ilusões
como se fossem seguras, começamos a nos afastar das reais oportunidades de
mudança, fechamos-nos num mundo de fantasias, sempre aguardando pelas migalhas
de alguém.
O
apego nos tira o tato para tomar decisões, pois mergulhados no universo do
outro, esquecemos completamente de cuidar das nossas necessidades. Sempre
pensamos em ajudar os de fora, porém nós mesmos ficamos largados ao acaso. E passamos a cobrar do outro atenção, isso só afasta as pessoas. Pois ninguém é responsável por nossa felicidade.
Nada
no mundo ou no universo é imutável. Tudo muda, tudo se transforma. Logo, quem é apegado está contra o fluxo natural das coisas.
Não é saudável vivermos baseados na mentira de que as
pessoas ou coisas jamais sairão do nosso convívio. Temos que aprender a amar
sem apego, aprender que o amor é nosso e estará conosco sempre. A pessoa é
apenas o receptor desse amor.
Apenas
o amor é verdadeiro e compreensivo. Ele nunca acaba. Ele entende o momento de
dizer adeus se preciso. Ele sabe
abrir mão quando necessário.
Ao adquirirmos essa visão da vida,
experimentamos a essência do amor. E não importa o que aconteça nesta
existência, superaremos qualquer obstáculo, através da força e do poder que
temos dentro de nós.
Por
esta razão, não mine sua energia no apego, que nada mais é que ilusão e falta
de posse de si mesmo.
Paz
e Luz,
Márcia Diniz
Verdade. O apego é a falsa sensação de possuir quem ou o quê é livre por natureza. A mesma liberdade que nós próprios temos e que não desejamos ser tolhida em momento algum.
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